quarta-feira, 3 de março de 2021

Hipertensão arterial: o inimigo silencioso do diabético

 

                                                                                                                      Fonte: Pixabay

Doenças cardiovasculares (DCV) são a primeira causa de morte em pacientes com diabetes (DM), sendo o DM um fator de risco independente para DCV. Há, ainda, fatores agravantes que contribuem para aumento do risco cardiovascular destes pacientes, tais como hipertensão, dislipidemia, albuminúria, obesidade e tabagismo, que devem ser sistematicamente pesquisados e controlados, a fim de reduzir o risco destes pacientes.

A hipertensão arterial sistêmica está presente em 40% dos pacientes que recebem diagnóstico de DM. É definida como pressão arterial sustentada igual ou maior a 140/90mmHg, sendo a terapia anti-hipertensiva capaz de reduzir eventos cardiovasculares e a incidência e evolução das complicações microvasculares do DM.

Pacientes com DM tipo 1 e 2 devem ser tratados visando um alvo menor do que 140/90 mmHg. No entanto, este alvo deve ser individualizado de acordo com o risco cardiovascular desses indivíduos. Para pacientes diabéticos com alto risco para doenças cardiovasculares, como aqueles com DCV aterosclerótica estabelecida, ou risco cardiovascular em 10 anos maior ou igual a 15%, deve-se visar um alvo menor do que 130/80mmHg. Pacientes portadores de DM com risco cardiovascular <15% podem ter um alvo menor do que 140/90mmHg. Esse risco pode ser calculado através de ferramentas como tools.acc.org/ASCVD-Risk-EstimatorPlus. No entanto, a terapia anti-hipertensiva deve ser individualizada, pesando os riscos de efeitos colaterais, tais como hipotensão, risco de quedas, hipercalemia e piora de função renal especialmente em pacientes idosos, nefropatas e naqueles com muitas comorbidades e polifarmácia, podendo-se considerar um alvo maior para essa população.  

Em pacientes refratários a mudanças de estilo de vida com nível pressórico entre 140/90 mmHg e 159/99 mmHg, deve-se considerar o início apenas de um anti-hipertensivo. Nível pressórico superior a 160/100mmHg habitualmente requer terapia inicial com associação de duas drogas. As drogas usadas preferencialmente são os bloqueadores do sistema renina-angiotensina-aldosterona, diuréticos tiazídicos e bloqueadores de canais de cálcio dihidropiridínicos. Após introdução de inibidores da da enzima conversora de angiotensina (IECA) e bloqueadores de receptor de angiotensina (BRA), deve-se ter o cuidado de monitorizar os níveis de potássio sérico e função renal, especialmente em idosos e nefropatas. Para pacientes com doença coronariana prévia ou albuminúria (relação albumina/creatinina urinárias >30 mg/g), a terapia inicial deve incluir IECA ou BRA, uma vez que comprovadamente reduzem eventos cardiovasculares e progressão de doença renal crônica. Beta-bloqueadores são indicados se há histórico de infarto miocárdico, angina ou fração de ejeção reduzida.

Para diagnóstico de hipertensão e verificação do controle pressórico, as medidas do auto monitoramento domiciliar e da monitorização ambulatorial da pressão arterial se correlacionam melhor com risco cardiovascular do que as medidas de consultório isoladas.

Como endocrinologistas, devemos ser capazes de diagnosticar e tratar adequadamente não só o DM, como também as comorbidades associadas que podem levar nossos pacientes a desfechos desfavoráveis! Fiquem atentos e acompanhem nossas postagens para saber mais!

DOI:

                                                                                                           Dra Patrícia Moreira Melo

                                                                                                   CRM PI 3484 - RQE 1483/3732

Um comentário:

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